No dia 20 de maio de 1983, a ciência dava um passo decisivo na luta contra uma das maiores epidemias do século XX. Pesquisadores do Instituto Pasteur, em Paris, liderados pelo virologista Luc Montagnier, anunciaram o isolamento de um novo retrovírus que, mais tarde, seria identificado como o causador da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
📍 O vírus foi inicialmente nomeado como LAV (Lymphadenopathy-Associated Virus) e só anos depois passaria a ser conhecido mundialmente como HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
Este marco científico representou uma virada crucial na compreensão da doença, que já havia começado a se espalhar silenciosamente pelo mundo desde o início dos anos 1980, provocando medo e incerteza. O isolamento do vírus possibilitou o desenvolvimento de testes de diagnóstico, tratamentos antirretrovirais e campanhas de prevenção mais eficazes.
💬 “Foi como acender uma luz no fim do túnel em meio a uma crise de saúde global”, relatou Montagnier anos depois, ao relembrar o impacto da descoberta.
A pesquisa do grupo francês daria início a uma série de disputas científicas e jurídicas com cientistas norte-americanos, especialmente com Robert Gallo, sobre a real descoberta do vírus — controvérsias que, no entanto, não diminuem a importância do feito ocorrido em maio de 1983.
🔬 Desde então, o combate à AIDS evoluiu drasticamente, salvando milhões de vidas e ampliando o acesso ao diagnóstico e tratamento no mundo todo.
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