O desaparecimento do jovem Luís Henrique de Moura Gondim, de 19 anos, nesta semana em Goiânia, comoveu familiares, amigos e também chamou a atenção para um ponto delicado: a relação entre transtornos neuropsiquiátricos, como o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), e episódios de fuga, sumiço ou isolamento.

Segundo relatos da família, Luís saiu de casa na manhã da última terça-feira (1º) com a roupa do corpo e não foi mais visto. Ele estava em avaliação para diagnóstico de autismo e já convivia com o TDAH, o que pode ter contribuído para a instabilidade emocional e impulsividade que antecederam seu desaparecimento. A Polícia Civil, por meio do Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID), está acompanhando o caso.

Para especialistas, o TDAH vai além da dificuldade de concentração ou agitação. Em muitos casos, o transtorno pode gerar baixa autoestima, crises de ansiedade, desregulação emocional e comportamentos impulsivos. Esses fatores, somados à sobrecarga de responsabilidades ou sentimentos de inadequação, podem desencadear comportamentos extremos – como o desejo de sumir ou se isolar completamente.

➡️ Quais cuidados devem ser tomados? Pessoas com TDAH precisam de uma rede de apoio ativa: acompanhamento médico e psicológico, estrutura familiar acolhedora e espaços de escuta. Além disso, é essencial que familiares e amigos saibam identificar sinais de alerta, como falas frequentes sobre fugir, desistência de atividades cotidianas, isolamento repentino ou alterações bruscas de humor.

O psiquiatra e neurocientista Dr. Daniel Sato alerta:
“É preciso tratar o TDAH como uma condição de saúde que merece cuidado contínuo. Crises podem acontecer e devem ser tratadas com empatia, acolhimento e intervenção profissional.”

A família de Luís Henrique segue na busca por informações que levem ao paradeiro do jovem. Quem tiver qualquer dado pode entrar em contato com a polícia pelo 190 ou 197.

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